Procedimento raro e inédito pelo SUS em Aparecida marca os 2 anos de implantação da ala de hemodinâmica do HMAP

Procedimento raro e inédito pelo SUS em Aparecida marca os 2 anos de implantação da ala de hemodinâmica do HMAP

 

Inédito na rede de saúde municipal, o setor de hemodinâmica do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP), unidade pública administrada pelo Einstein, acaba de completar dois anos e comemora o marco de mais de 4.500 procedimentos realizados com uma cirurgia inédita pelo SUS no município: o fechamento de comunicação interventricular de um paciente de 74 anos, complicação que decorreu de um infarto. A condição é bastante rara (atinge cerca de 0,2% de pessoas que infartaram) e, pela idade, o paciente não tinha condições de uma cirurgia tradicional, com o peito aberto. Cinco médicos participaram do procedimento bem-sucedido e o paciente se recupera bem.

Implantada em julho de 2022, a hemodinâmica do HMAP realiza procedimentos como angioplastias, cateterismos, implantação de stents, implantes de marca-passo definitivo e outras intervenções ligadas à saúde cardiovascularAntes do funcionamento da unidade de hemodinâmica no HMAP, pacientes de Aparecida com infartos ou problemas circulatórios aguardavam vagas de internação em outras cidades. Agora, além dos moradores de Aparecida, são atendidos casos eletivos e urgentes de outras 26 cidades da macrorregião estadual Centro-Sul, trazendo um impacto significativo na saúde regional.

As principais funções da hemodinâmica incluem o diagnóstico, tratamento e monitorização, colhendo dados essenciais para a avaliação do funcionamento cardíaco e planejamento terapêutico. “A partir disso, é possível estagnar o risco dos pacientes, orientando decisões terapêuticas e permitindo uma abordagem personalizada para cada caso”, explica o intensivista Maurício Boaventura, coordenador médico do departamento de pacientes graves do HMAP.

 

O serviço de hemodinâmica do HMAP atende uma média de 10 pacientes por dia. De acordo com Maurício, sem o setor os resultados seriam menos favoráveis, em termos de sobrevivência e recuperação. “Além de aumentar a carga sobre o sistema de saúde e reduzir a qualidade de vida dos pacientes”, acrescenta o médico.

Sobre o HMAP – O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP) foi inaugurado em dezembro de 2018 e é o maior hospital do Estado feito por uma prefeitura. Administrado pelo Einstein desde junho de 2022, foi construído numa área superior a 17 mil metros quadrados, onde atua com mais de 1.100 colaboradores para o atendimento de casos de alta complexidade, incluindo hemodinâmica e cirurgia bariátrica, além de várias especialidades cirúrgicas e diagnósticas. A estrutura contempla 10 salas de cirurgia e 235 leitos operacionais, sendo 10 de UTI pediátrica, 39 de UTI adulto, 31 de enfermaria pediátrica, e 155 leitos de clínica médica/cirúrgica.

Trata-se da primeira operação de hospital público feita pelo Einstein fora da cidade de São Paulo. Nos primeiros seis meses de gestão, as filas de UTI da unidade foram reduzidas consideravelmente e a capacidade de atendimento dos leitos, dobrada. Já as longas filas de espera para cirurgias eletivas foram diminuídas em menos de um ano, feito alcançado graças a iniciativas como mutirões cirúrgicos, que priorizaram demandas urgentes. O tempo de permanência dos pacientes no hospital também foi reduzido de 9,5 para 5 dias. Em relação à mortalidade, em junho de 2022 a taxa era de 15,33% e, seis meses depois, de 3,6%. (

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