Inadimplência dos goianienses causa perda da principal linha de crédito

Inadimplência dos goianienses causa perda da principal linha de crédito

O reflexo imediato é no cartão de crédito, segundo Paulo Henrique Salves Moreira, gerente de recuperação de crédito do Sicoob Credseguro

A taxa de inadimplência dos goianienses aumentou, de acordo com dados divulgados pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). O percentual subiu para 9,67% em comparação a setembro e outubro do ano passado. Já as dívidas em atraso dos goianos cresceram 18,38%, em comparação ao mês de outubro de 2021. Ainda segundo dados do SPC Brasil, a maioria dessas dívidas está em bancos, empresas de comunicação, comércio e contas de água e luz.

Segundo Paulo Henrique Salves Moreira, gerente de recuperação de crédito do Sicoob Credseguro, o atual cenário de dúvidas e incertezas que o mercado financeiro brasileiro se encontra, principalmente por fatores políticos, se reflete na economia. “A desaceleração causada pela queda do poder de compra dos consumidores, afetada muito pela inadimplência dos goianienses, é o reflexo da ausência de condições do consumidor em manter suas contas em dia, e esse cenário causa a perda da principal linha de crédito”, explica.

De acordo com o gerente do Sicoob Credseguro, essa linha afetada de forma imediata é o cartão de crédito. “Essa situação desencadeia uma busca por novos créditos que geralmente são mais caros. A oferta fica mais onerosa quando o credor aceita assumir o risco de emprestar para consumidores que possuem um perfil de risco mais elevado, mas para isso cobra desse consumidor juros mais altos que os praticados no mercado”.

Paulo Henrique pontua que no Brasil ainda não existe a cultura de poupar. “Por vezes gastamos mais do que ganhamos. E não há outro caminho aos endividados, eles devem se reorganizar financeiramente”.

Busca por uma solução

Paulo Henrique afirma ainda que o passo mais difícil da pessoa endividada é a aceitação, admitir a situação em que se encontra e que precisará se sacrificar para sanar as dívidas. “Ninguém gosta de perder ou mostrar suas fraquezas e dificuldades, mas é preciso colocar em mente que o sacrifício será passageiro. Desfazer de um bem, deixar de frequentar lugares por um período ou até adiar aquela viagem dos sonhos serão decisões que poderão fazer a diferença, e em curto espaço de tempo as finanças se organizam”, explica o gerente do Sicoob Credseguro.

Após o consumidor identificar possibilidades de reduzir os gastos, a busca por créditos mais baratos é fundamental. “Muitos têm o receio de fazer uma dívida para pagar outra e por esse receio acabam pagando mais caro. É só fazer as contas, se houver redução do valor que paga atualmente para o que vai pagar com um novo crédito, é claro que compensa. Um outro fator importante é o tempo, e não ficar adiando a busca por uma solução”, finaliza Paulo Henrique.

Inadimplência no Brasil

Em outubro, a inadimplência do Brasil foi para o nível mais alto em comparação aos quatro anos passados. Segundo o Banco Central, a taxa de inadimplência em recursos livres subiu para 4,2% no mês de outubro. (Assessoria de Comunicação Sicoob Credseguro)

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