Grupo Cignus da UEG participa da World Gymnaestrada, em Amsterdã

Grupo Cignus da UEG participa da World Gymnaestrada, em Amsterdã
Foto: Divulgação ueg.br

Evento na Holanda começou dia 30 de julho e termina no sábado (05/08)

 

 

Ginastas de dois projetos de extensão da Unidade Universitária de Goiânia-Eseffego da Universidade Estadual de Goiás participarão entre os dias 30 de julho e 5 de agosto, em Amsterdã, na Holanda, da World Gymnaestrada 2023, um evento que reunirá mais de 20 mil ginastas do mundo inteiro.

Os jovens do Projeto Cignus e as idosas do Projeto Ginástica para Todos com Pessoas Idosas (Cignus Unati), sob a coordenação da professora Michelle Ferreira de Oliveira, que também é diretora do Instituto Acadêmico de Ciências da Saúde e Biológicas da UEG (IACSB), irão apresentar a coreografia “Cerrado Goiano” e, mais uma vez, representarão o estado de Goiás e o Brasil em um evento internacional.

A egressa Thaís Aguiar, uma das ginastas e voluntária dos projetos, diz que participar de um evento dessa importância é uma experiência sem igual. “Você consegue perceber a imensidão da ginástica e a quantidade de pessoas que essa prática consegue alcançar. Você se sente parte de uma comunidade, acolhida, parece que está em outro universo e vive a ginástica por vários dias”, garante.

A importância da ginástica para as pessoas da terceira idade é ressaltada por Vânia Maria de Sousa Monteiro, 61 anos, do Cignus Unati. Para ela, a ginástica é fator primordial quando se trata da saúde e da convivência. “A ginástica faz com a gente se sinta mais jovem, revitalizado, capaz de fazer muitas coisas que os jovens fazem”, diz. A participação na World Gymnaestrada 2023, em Amsterdã, traz expectativas positivas para Vânia. “Como pessoas da terceira idade, donas de casa, presas com afazeres domésticos, não temos muitas oportunidades de sair para estarmos juntas, conversar. Então, a expectativa é grande e estamos torcendo para que dê tudo certo e estaremos em Amsterdã representando Goiás e o Brasil nesse evento único”, prevê.

 

O evento

A World Gymnaestrada é um evento global não competitivo realizado a cada quatro anos. A participação é aberta a todos, independentemente de gênero, idade, raça, religião, cultura, habilidade ou status social.

Todos os participantes treinam para realizar sua performance na Gymnaestrada Mundial, que demonstra toda a experiência, as festividades e o sentimento de pertença dos grupos. Orgulhosamente representando seu país, o evento tem um leve toque olímpico. Esportes de ginástica de todo o mundo se reúnem após vários anos, fortalecendo amizades internacionais e fazendo a ponte entre idiomas e diferenças culturais.

No dia 28 de julho acontecerá o ensaio da Noite Brasileira. A abertura oficial do evento será no dia 30 de julho. O Cignus se apresentará nos dias 1º, 3 e 4 de agosto. A cerimônia de encerramento será no dia 5 de agosto. No dia seguinte, o grupo retorna ao Brasil.

A programação completa pode ser conferida no site https://worldgymnaestrada2023.com.

 

Projetos

O Projeto Cignus teve início em 2010, na Unidade Universitária de Goiânia-Eseffego. A ideia de criar um grupo de ginástica para todos surgiu neste mesmo ano, quando a coordenadora do Projeto,  professora Michelle Oliveira, participou do X Fórum Internacional de Ginástica para Todos, em Campinas-SP.

Em 2015, 18 jovens do Cignus participaram, pela primeira vez, da Gymnaestrada Mundial, que aconteceu na Finlândia. “Eles treinam todas as modalidades de ginástica (artística, rítmica e acrobática), montam coreografias e viajam representando o Brasil dentro e fora do País”, destaca a coordenadora.

Em suas atividades, o grupo também tem ofertado ginástica laboral no Palácio Pedro Ludovico para a Secretaria Geral do Governo de Goiás (SGG) e para a Controladoria Geral do Estado (CGE), todas as terças e quintas-feiras à tarde. Michelle explica que o Cignus é composto por alunos, egressos e pessoas da comunidade que desenvolvem ações três vezes por semana, com o objetivo de difundir a prática da ginástica para todos em Goiás. “Em 2023, o grupo tem atendido 390 pessoas”, salienta.

Já o Projeto Cignus Unati surgiu em 2015 e atende mais de 100 idosas por semestre, na faixa etária de 50 a 94 anos, que participam de ações como prevenção de quedas, tai chi chuan, fortalecimento muscular, caminhada orientada, dança, ginástica localizada, fisioterapia, ioga, ginástica com coreografias para apresentações e ainda recebem informações sobre Direito. “Essas senhoras já se apresentaram em vários municípios de Goiás, São Paulo, Fortaleza, Natal e  também participaram da Gymnaestrada Mundial, em 2019, na Áustria”, detalha Michelle.

Os dois projetos têm a participação de uma equipe multidisciplinar de professores das áreas da Educação Física, Fisioterapia e Direito. São integrantes as (os) professoras (es) Michelle Oliveira, Conceição Viana de Fátima, Sinésio Virgílio Alves de Melo, Rogério Tannus, Wagner Figueiredo, Paulo Ventura, Wilmont Moura, Kênia Lucena de Deus e ainda com a professora aposentada Elizete Resende, que atua como voluntária, o aluno Luís Henrique Peres, como bolsista, e as egressas Thaís Aguiar e Rejane Poleto, como voluntárias dos projetos.

Para a professora Michelle, os projetos colocaram a UEG no circuito nacional e internacional de ginástica. “Quando você pergunta para uma pessoa fora de Goiás sobre alguém que tenha Ginástica para Todos ela vai falar do Cignus da UEG. A gente passou a estar em cenário nacional, tanto com relação a outras universidades, como com relação à Confederação Brasileira de Ginástica. A gente passou a ser conhecido”, diz.

A coordenadora explica que a Universidade tem a função de difundir essa prática. “A gente tem o papel de fazer formação na Universidade e as que formam também, como nas secretarias. A gente ofereceu um curso para a Secretaria de Educação há pouco tempo. As cidades que nos convidam a gente também faz a formação com os professores para eles poderem implentar essa prática nos diferentes lugares. A Universidade tem esse papel imprescindível na formação e na propagação de uma prática corporal que ela tem para além da prática, uma razão social também”, justifica.

Michelle diz que tanto para as idosas como para os jovens, o impacto dos projetos é enorme. “Das idosas a gente acaba vendo o impacto mais direto e mais rápido, porque o grupo permanece. Praticamente, as mesmas que entraram em 2015 estão até hoje. Elas relatam que uma das coisas que as fazem se sentirem vivas é se sentirem importantes. Relatam a questão da saúde, da atividade física, da prática, mas intensificam quando falam das relações sociais, pois no projeto há o fortalecimento de vínculos. Elas estão ali uma pela outra, cuidando uma da outra”, ressalta.

Já para os jovens, segundo a coordenadora, é um espaço de formação. “É um momento de formação que eles vivem, que aprendem a conviver com o grupo no projeto e depois têm a oportunidade de levar isso para outros lugares. Alguns dos egressos do projeto já montaram grupos ou estão trabalhando na área”, destaca Michelle.

Para conhecer mais sobre os projetos, basta acessar o perfil no Instagram (_cignus). (Comunicação Setorial|UEG)

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