“Amar é cuidar e prevenir acidentes domésticos com os idosos” diz especialista

“Amar é cuidar e prevenir acidentes domésticos com os idosos” diz especialista
Dona Divina faleceu em dezembro de 2020 acometida por um câncer severo. Foto: arquivo da família

Prevenir acidentes domésticos de idosos em casa depende de atitudes simples e básicas. Siga as dicas e cuide bem dos seus velhinhos com amor, cuidado, atenção e responsabilidade

Quando a terceira idade chega, uma simples atividade do dia-a-dia pode acabar em um acidente doméstico. O envelhecimento traz consigo várias questões fisiológicas que provocam um desgaste natural dos músculos, órgãos vitais e dos ossos. Por isso, os idosos demandam um pouco mais de cuidado por parte de seus cuidadores e familiares.

Quando pensamos em prevenção de acidentes domésticos com os idosos, é preciso estar atento aos aspectos físicos do ambiente e do próprio idoso. Considerando a proximidade da celebração do “Dia dos Avós” no próximo dia 27, convidamos o Coordenador dos médicos da família do Sistema Hapvida, Dr. Bruno Sampaio, para falar da importância de ter atitudes preventivas em relação aos riscos de quedas no dia-a-dia do idoso em casa, já que o maior número de acidentes domésticos acontecem em casa. “Afinal de contas, a melhor forma de expressar o amor aos nossos queridos velhinhos é cuidar e protegê-los”, destaca.

Os filhos da saudosa dona Divina Cândida de Siqueira, sabem bem o que é cuidar e proteger um idoso em casa. Mãe de cinco filhos biológicos e sete de coração, a dona de casa lutou por muitos anos contra um câncer de pulmão, que ao longo dos anos, se espalhou, e ao longo do tratamento sempre contou com o amor, carinho, cuidado e atenção de filhos e netos que adaptaram a casa e seguiram todas as medidas de segurança para garantir o bem-estar dela. “Mamãe lutou por anos contra o câncer e os dois últimos anos antes de sua morte foram os mais delicados. Apesar disso, sempre cuidamos da segurança dela em casa para evitar acidentes domésticos. Uma das medidas que tomamos como regra, foi nunca deixá-la sozinha, ainda que durante o sono”, disse uma das filhas, Regina Rodrigues de Siqueira.

Além disso, Regina pondera ainda que a família foi muito bem orientada pela equipe médica acerca desses cuidados. “Seguimos à risca todos as dicas médicas para oferecer a melhor qualidade de vida e sobrevida possível a ela. E, com muito amor e carinho, conseguimos garantir dias seguros e confortáveis para nossa matriarca”, completa Regina.

O especialista chama a atenção para cuidados básicos e simples que podem fazer toda a diferença na qualidade da rotina diária do idoso em casa. Para ele, o primeiro passo é pensar nas limitações do idoso que, por conta da idade avançada, já não tem as mesmas habilidades e destrezas que tinha aos 40 ou 50 anos.

“Medidas simples como instalação de corrimão em vários ambientes da casa, especialmente em corredores e banheiros; calçar sapatos fechados com solado de borracha; utilizar apenas tapete antiderrapante; manter os ambientes bem iluminados; não deixar que o idoso caminhe em piso molhado; não deixar objetos nem móveis espalhados no meio da casa; evitar obstáculos, se possível troque escadas por rampas; mantenha uma cadeira de banho no banheiro; e o principal, nunca os deixem sozinhos”, alerta Dr. Bruno.

A maior parte dos registros de acidentes domésticos com idosos resultam em fraturas físicas e psicológicas, como quebra de ossos, (principalmente do fêmur) e medo de voltar a andar. Para prevenir e tratar esses traumas, o Sistema Hapvida conta atendimento com equipes multidisciplinares para oferecer todo o amparo necessário para o processo de reabilitação e apoio psicológico para devolver ao idoso a tranquilidade e confiança de voltar para casa sem medo. Além da equipe de médicos da família, o Hapvida dispõe de especialistas em fisioterapia, terapia ocupacional e psicologia para evitar resistência ao tratamento.

Em casos de queda, o recomendado é levar o idoso imediatamente a uma unidade de saúde para investigar fraturas, trabalhar o aspecto psicológico e garantir a segurança do idoso evitar novas quedas.

Em relação aos cuidados emocionais, especialistas afirmam que a melhor forma de prevenir traumas psicológicos é promover atividades que agradem o idoso, dentro de suas possibilidades, claro. “Portanto, a adaptação da realidade de cada um pode fazer toda diferença no cotidiano do idoso. A exemplo de cuidar do jardim, jogar cartas, ajudá-lo a se comunicar digitalmente com filhos, netos ou bisnetos por vídeo chamada Cuidados. Aproveite o dia dos avós para ouvir os anseios e desejos do seu velhinho preferido para fazer a diferença. Talvez ele só queira conversar, assistir um filme ou ir ao sítio num fim de semana”, pontua o especialista.

Todas as possibilidades de acolhimento afetivo e emocional devem ser avaliadas de acordo com a realidade de cada um, seguindo todas as orientações e dicas de cuidados do ambiente físico. “O que é simples pra gente não é simples para o idoso, talvez ele não entenda isso, por isso é fundamental que amigos, familiares e cuidadores estejam sempre atentos a todos os sinais físicos ou psicológicos dos nossos idosos, para garantir mais qualidade de vida física e emocional aos nossos amados e dóceis avós”, completa o especialista.

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