Bolsonaro fala de Trump, Biden e Putin em discurso em convenção evangélica
Presidente também falou sobre soberania da Amazônia, demarcação de terras indígenas contrapondo a economia e segurança alimentar do brasileiro e sobre o STF
Os compromissos da agenda presidencial em Goiânia limitaram-se à participação de Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato à reeleição, na 48ª Assembleia Geral Extraordinária da Convenção Nacional das Assembleias de Deus do Ministério Madureira (Conamad), em Campinas; um encontro rápido com autoridades estaduais no pátio ao lado do estacionamento e a uma motociata pelas ruas da capital goiana junto a políticos e apoiadores.
Em seu discurso para o público evangélico, Jair Bolsonaro falou em manter com Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, as políticas definidas pelo governo brasileiro com o ex-presidente Donald Trump. Falou de outro encontro, em fevereiro passado com Vladmir Putin, presidente da Rússia, que o teria alertado que as grande potências tentaram colocar em pauta a relativização da soberania brasileira sobre a Amazônia e que teria sido impedida de avançar graças à intervenção do líder russo. “O Brasil é nosso. Não podemos entregar a soberania a quem quer que seja”, afirmou.
Bolsonaro criticou o novo marco temporal para a demarcação de terras indígenas, que está sendo apreciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Esse novo marco temporal diz que se um indígena ocupar o sítio de vocês, hoje, o sítio passa a ser terra indígena”, disse o presidente à plateia da Conamad.
“Agora presta atenção no que vou falar: se o STF decidir pelo novo marco, essas centenas de pedidos para demarcar terra indígena terão de ser colocados para a frente. Isso significa remarcarmos o equivalente a uma Região Sul do Brasil”, disse Bolsonaro.
“E, pela localização geográfica dessas áreas, anulamos uma outra área do tamanho do estado de São Paulo. Ou seja, acaba com nossa economia e com nossa segurança alimentar”, acrescentou.
“Só me sobram então duas alternativas: pegar as chaves da Presidência, me dirigir ao presidente do STF e falar para ele administrar o Brasil, ou dizer: não vou cumprir”, completou. (Com informações da Agência Brasil)