Prefeitura de Goiânia reforça ações de combate à dengue
Além de visitas domiciliares, gestão municipal também intensifica ações de controle do Aedes aegypti em casas abandonadas e faz bloqueio com inseticida nas regiões de maior incidência
Diante do crescimento dos casos de dengue em Goiânia neste ano, 19.898 casos confirmados somente no primeiro trimestre, contra 11.482 em todo o ano passado, a Prefeitura de Goiânia intensifica as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. De janeiro até agora, os Agentes Comunitários de Endemias (ACEs) já realizaram 554.294 visitas a residências no município e eliminaram 21.404 focos.
Além de identificar, eliminar ou tratar criadouros e focos do mosquito transmissor da dengue, as visitas têm mais objetivos. “Nossos agentes também conversam com os moradores, orientam sobre como devem ser suas condutas para evitar a proliferação do mosquito, e esclarecem sobre a doença”, enfatiza o gerente de Controle de Vetores da Diretoria de Vigilância em Zoonoses, Izaias de Araújo Ferreira.
Outra ação reforçada neste ano, foi a abertura de casas abandonadas. Mediante autorização judicial, auxílio de um chaveiro e da Guarda Civil Metropolitana, auditores-fiscais de Saúde Pública da prefeitura abriram, até o momento, 116 imóveis. Em 57,7% deles foram encontrados focos do Aedes.
“A prefeitura só busca a ajuda judicial depois de visitar o local e não encontrar proprietários ou qualquer outro responsável. É uma medida extrema, mas de grande importância, pois já virou rotina encontrar recipientes cheios de água e larvas nesses imóveis fechados”, pontua o diretor de Vigilância em Zoonoses, Murilo Reis.
O bloqueio com uso de inseticida também tem sido bastante usado em Goiânia, no combate à dengue. Já foram 7.367 casos com bloqueio de janeiro pra cá. O trabalho de campo é realizado com o uso de bombas costais que pulverizam os locais de maior circulação do mosquito com Inseticida de Ultra Baixo Volume (UBV), que não agride o meio ambiente.
“Muitas pessoas questionam o motivo de não ter mais o ‘fumacê’. É preciso que saibam que esse era um programa do Ministério da Saúde (MS), e que foi extinto há alguns anos porque causa do desequilíbrio ao meio ambiente, até mesmo com morte de algumas abelhas”, explica o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso.
Para melhor atender à população, a prefeitura mantém o aplicativo “Goiânia Contra Dengue”, que possibilita o envio de fotos e a localização de focos do mosquito. Neste ano, já foram atendidas 1.816 denúncias, que chegaram por diversas formas.
“As denúncias são importantes, e o departamento responsável está atento a fazer o atendimento o mais rápido possível; mas, mais importante do que isso, precisamos agir juntos, poder público e população. Não adianta somente os agentes combaterem larvas e mosquitos, é preciso que cada um cuide do seu espaço, que não deixe o mosquito tomar conta de suas casas”, afirma o prefeito Rogério Cruz.
“Desde o ano passado, começamos a intensificar ações de combate ao mosquito transmissor da dengue em locais estratégicos de maior circulação e, neste ano, reforçamos mais ainda”, completa o prefeito. (Secom Goiânia)
Atividades complementares no combate à dengue:
– Palestras e vistorias nos canteiros de obras, em parceria com o Serviço Social da Construção no Estado de Goiás (Seconci-Go).
– Instalação de 334 ovitrampas (armadilhas para coleta de ovos do mosquito), distribuídas em 22 bairros de Goiânia, seguindo características epidemiológicas e entomológicas. Além de servir para capturar ovos, as armadilhas ajudam no monitoramento da efetividade das ações. Por meio delas, é possível ver a intensidade de insetos em uma determinada região e, assim, direcionar as ações de controle do vetor.
– Recuperação de pendência aos sábados, para realizar a vistoria nos imóveis que ficaram fechados durante a semana nas visitas de rotina.