Mulheres representam 70% dos consumidores do mercado erótico no Brasil
Ramo começa a ser desmistificado, mas ainda existe preconceito quanto ao uso de brinquedos sexuais
Não é surpresa que o mercado erótico se desenvolveu durante a pandemia. O distanciamento social fez com que esse ramo começasse a ser desmistificado. Apesar desse crescimento, ainda tem aquela questão que é sempre levantada. Os sex toys são para agradar e satisfazer o prazer masculino?
A resposta é não.
Em outros tempos, o produtos sexuais e até mesmo os pornôs eram voltados para satisfazer a libido masculina. Este pensamento é fruto da nossa sociedade patriarcal, mas os tempos mudaram e os produtos também. Hoje em dia, existem artigos para melhorar e voltados unicamente para a sexualidade feminina.
Por causa do machismo e do preconceito – que inclusive ainda existe – até 2007, as mulheres não representavam nem 5% dos consumidores de produtos eróticos. Hoje, elas são 70% da demanda e o mercado já traçou este perfil. São mulheres entre 25 a 45 anos, preocupadas em manter um relacionamento íntimo e não só pelo prazer. A pesquisa diz que os itens preferidos das mulheres são géis e óleos para massagem, lingeries, fantasias, algemas e chicotes.
Existe muita diversidade no mundo dos brinquedos sexuais, não se tratando apenas de vibradores e bonecas infláveis, como é do imaginário popular. Acha-se até produtos que trazem benefícios para a saúde intima da mulher, como os de pompoarismo, ou ginástica íntima, que auxiliam em casos de incontinência urinária, alivio de cólicas menstruais, prevenção de infecções da vagina, mais qualidade no orgasmo, diminuição de sintomas da menopausa e até preparação para parto e pós-parto.
Além dos artigos de pompoarismo (bolinhas tailandesas), é possível encontrar vários artefatos que trazem benefícios. Alguns até são recomendados por médicos, que são para prevenir ressecamentos vaginais e corrimentos. Também encontra-se produtos de higiene intima para homens e mulheres.
