É possível ter vida sexual ativa após diagnóstico de câncer de próstata

É possível ter vida sexual ativa após diagnóstico de câncer de próstata

Médico urologista da Hapvida NotreDame Intermédica fala sobre prevenção, diagnóstico precoce e efeitos do tratamento na vida do paciente

 

Primeiro as damas, depois os homens. Outubro foi o mês de enfatizar a importância do cuidado com a saúde das mulheres. Agora, em novembro, chegou a vez de alertar os homens sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata.

Por isso, a Hapvida NotreDame Intermédica endossa a campanha ‘Novembro Azul’ com a participação efetiva de colaboradores. O médico urologista Felipe Delgado ressalta que o rastreamento e o diagnóstico precoce da neoplasia proporcionam tratamento efetivo com taxa de cura superior a 90%.

De acordo com o especialista, o câncer de próstata acomete, geralmente, homens com mais de 50 anos de idade — faixa etária a partir da qual torna-se recomendado o rastreamento por meio do exame de PSA e do toque retal. No entanto, aqueles que apresentam fatores de risco e histórico familiar devem antecipar o acompanhamento em cinco anos.

“A doença é previamente silenciosa, não causa sintomas no estágio inicial. Por isso a importância do rastreamento e do tratamento precoce por meio da vigilância ativa, de cirurgias, radioterapia e braquiterapia. Esses são os caminhos mais eficazes do tratamento quando iniciado precocemente”, destaca Felipe.
A periodicidade do rastreamento é anual. No caso de aparecimento de sintomas como sangramento na urina, perda da força do jato urinário e aumento do número de idas ao banheiro, sempre é recomendada a consulta imediata com o médico urologista.

Vida Sexual

De acordo com Delgado, o diagnóstico pode promover impacto emocional e psicológico. “Gosto de explicar aos meus pacientes que a vida sexual deles depende de dois grandes pilares. O primeiro é a parte orgânica, ou seja, tudo o que é necessário para se ter uma função erétil boa e uma ejaculação normal. As doenças orgânicas, por exemplo, como diabetes e pressão arterial, precisam ser controladas, pois podem causar piora na função sexual. O segundo fator é o psicológico, pois sabemos que pessoas sob situação de estresse e ansiedade naturalmente apresentam baixa da sexualidade com disfunção erétil e pouca libido”, explica o urologista.

Diante do diagnóstico, boa parte das pessoas precisam passar por tratamentos que geralmente afetam a parte orgânica. Para amenizar esses reflexos, o paciente passa a ser avaliado sob diversos critérios, especialmente quanto à sexualidade e à fertilidade. “Sabemos que o tratamento cirúrgico ou a radioterapia podem afetar entre 5 e 20% dos pacientes no tocante à disfunção erétil”, informa.

O médico explica que existem tratamentos para a melhoria da qualidade da vida sexual. “Após o tratamento do câncer, com apoio multidisciplinar e clínico, a função sexual do homem podem ser revertida com medicamentos e tratamentos específicos”, assegura Delgado, que finaliza a entrevista com o seguinte recado: “Procure seu médico urologista, faça acompanhamento regular e saiba que há tratamento seguro e eficaz que permite uma qualidade de vida sexual ativa mesmo após o tratamento do câncer de próstata”, completa.

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